sexta-feira, 25 de maio de 2012

ANATOMIA DAS BORBOLETAS

Uma borboleta começa com a lagarta, começa com ovo, come vorazmente e solta sua pele, protegendo-se em uma crisálida. A crisálida é um casulo protetor onde a lagarta se torna uma borboleta. No momento em que a borboleta emerge, ou eclode, ela não se parece em nada com o animal que formou a crisálida. Seu corpo possui as mesmas partes básicas: uma cabeça, um tórax e um abdômen. Mas a maioria das semelhanças termina aí.


Anatomia da borboleta.

Além da probóscida, um tubo comprido parecido com um canudo de beber, muitos dos órgãos sensoriais de uma borboleta estão localizados na cabeça. São eles:

  • olhos complexos, que são bons para detectar cores e movimentos próximos;

  • antena móvel e segmentada, que possui órgãos nas pontas para a detecção de odores e estruturas para sentir a direção da borboleta e a posição na base;

  • palpos labiais na base da boca, que ajudam a borboleta a decidir o que é ou não alimento.

Nem todos os órgãos sensoriais de uma borboleta, no entanto, estão localizados na cabeça. Na extremidade de cada uma das seis pernas, todas elas anexadas ao tórax, existem órgãos que a borboleta usa para encontrar alimento. Quando a perna do inseto toca uma boa fonte de alimento, um reflexo faz a probóscida se desenrolar. Isso permite que ela capture e engula a comida, que é digerida no abdômen (local onde estão localizados também os órgãos reprodutores).

Os recursos anatômicos mais dramáticos da borboleta, porém, são suas asas. Elas são feitas de um material extremamente fino e transparente chamado quitina, esticado sobre uma série de estruturas parecidas com veias. As asas dianteiras estão mais próximas da cabeça da borboleta e são triangulares. Já as asas traseiras se localizam perto da cauda e possuem um formato de leque ou concha do mar.

As cores e os padrões vêm das camadas de minúsculas escamas, que, em princípio podem ser comparadas com as escamas dos peixes. Mas, na verdade, são estruturadas que se parecem mais com minúsculos e curtos fios de cabelo. Essas escamas protegem as asas e fornecem aquecimento. Geralmente, as que ficam na parte de cima das asas da borboleta têm cores vivas, enquanto que as da parte de baixo possuem padrões de camuflagem.

No início, as asas são molhadas e enrugadas. A borboleta precisa esticá-las e secá-las assim que emerge da crisálida. Para fazer isso, ela usa o corpo como uma bomba e força seus fluídos através de uma série de veias tubulares. É como encher um balão: enquanto as veias se enchem de líquido, elas vagarosamente esticam a superfície das asas.


Isso é apenas uma das coisas que a borboleta precisa fazer assim que emerge para se preparar para uma vida repleta de vôos. Ela também tem que se livrar do lixo produzido durante a transformação e dos restos de sua última refeição como lagarta. Esse lixo é conhecido como mecônio e tem uma cor vermelha intensa, como sangue. Então, a borboleta precisar limpar totalmente todos seus órgãos sensoriais para encontrar alimento. Finalmente, ela terá que colocar a probóscida para trabalhar. Quando a borboleta emerge, a sua probóscida possui duas partes separadas que se juntam com pequenos ganchos e franjas. Ela precisa então enrolar as duas metades da probóscida para criar um tubo de alimentação.

Todo esse trabalho acontece antes da borboleta começar a voar e não acaba por aí. A seguir, veremos o que é preciso para manter a movimentação e porque as temperaturas baixas podem paralisar as borboletas.

O significado da Borboleta




A



 borboleta possui diversos significados nas diferentes culturas. Mas está sempre associada aos processos de:
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Mudança
Metamorfose
Transformação
Viagem
Libertação
Morte e Renascimento...
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Ela está relacionada à Alma, ao Espírito, ao Sopro Vital – à individualidade que possuímos enquanto seres.
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A borboleta nasce lagarta. Rasteja pelo chão e conhece o mundo sob esta perspectiva. Vive desta forma até que seja chamada pela Natureza e compelida a iniciar o processo em busca de si mesma e de seu estado final.
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Envolve-se numa pupa, torna-se crisálida e fica alheia ao mundo, voltada para si mesma, sofrendo transformações físicas que a prontifiquem para o momento de saída do casulo e a nova vida a seguir.
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Luta para sair do casulo. Suas asas, ainda enrugadas, não lhe permitem o vôo imediato. De repente aprende a voar e passa a ver o mundo sob uma nova perspectiva: enxerga o chão, onde outrora viveu, agora de cima. E aprende novamente a lidar com seu novo ambiente, já neste momento, apropriada do céu e da terra.
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A trajetória de nossa vida pode ser comparada ao processo da borboleta. Nascemos com certas características, passamos por situações que nos propiciam aprendizado e lapidação do nosso estado e estamos sempre em busca de nos tornarmos melhores – voando em todas as direções com asas multicoloridas.
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Mas esse processo não é tão uniforme assim. A metamorfose da borboleta possui início, meio e fim. A nossa parece cíclica, uma vez que passamos por várias situações em que sentimo-nos lagartas, tornamo-nos crisálidas e depois lindas e livres borboletas, donas de céus e terras.
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Aprendemos a conhecer nossas potencialidades, buscamos adaptação ao nosso habitat, nos voltamos para nós mesmos, procuramos a reflexão, articulamos idéias, tomamos decisões, partimos para ações, conquistamos mudanças efetivas...
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Estamos sempre em transformação. No cotidiano de nossas vidas, enquanto espíritos em aprendizado, enquanto seres humanos que buscam ser melhores, na situação de análise de uma vida inteira ou das fases que vêm e vão o tempo todo.
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Estamos a cada instante nascendo e morrendo. Olhando para nós mesmos e nos transformando. Trilhando a caminhada da nossa existência com o compromisso de nos tornarmos melhores, livres, com imensas asas coloridas dominando a nós mesmos, céus e terras.